quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

MISSIOLOGIA: Você conhece a Janela Verde? Baixe o livreto informativo


O missionário coreano Joshua Chang estava numa conferência missionária na região amazônica quando escutou de um companheiro de ministério, um indígena, que ele ouvia bastante sobre a Janela 10-40 e que não se dava importância ao trabalho indígena no Brasil. 

Como um estrategista missionário que trabalha no empoderamento dos povos tribais, Joshua começou a pensar no questionamento do missionário indígena. Joshua está envolvido com o COMPLEI, Conselho Nacional de Pastores e Líderes Evangélicos Indígenas, que visa conscientizar os indígenas para alcançar outras tribos. Hoje esse movimento é conhecido como “Terceira Onda”. A Primeira Onda é definida pela ação dos missionários estrangeiros em nossa pátria. A Segunda Onda é conhecida pela ação missionária dos brasileiros ao exterior e a Terceira Onda é dos cristãos indígenas a outros povos indígenas. Os Congressos do COMPLEI chegam a reunir mais de 3.000 líderes. 

Joshua começou a estudar a situação apresentada pelo amigo indígena e descortinou a realidade de que os 2.200 PMAs, Povos Menos Alcançados da Terra, se concentram nas Florestas do Mundo: a Amazônica, a Africana e a Asiática. Estes 2200 povos tribais de 35 países estão a 23.5 graus Norte e 23.5 Sul da linha do Equador. Diante de tal quadro foi que ele, inspirado, deu o nome de JANELA VERDE. 

Ele viu que era hora da Igreja no mundo fazer um esforço para dedicar a evangelização destes povos. Sabemos que a tarefa mais difícil ficou para o fim e então é função da Igreja se voltar para o término da Tarefa da Evangelização Mundial, conforme Mateus 24.14. 

Ele se uniu a Steve Saint, outro estrategista norte americano de missões, que nos anos 50, com cinco anos de idade perdeu o pai Nate, que foi mártir com outros quatro colegas entre os Aucas no Equador. Steve, primeiro como missionário e depois como um piloto empreendedor na área de tecnologia, se dedica ao empodoramento dos povos tribais. Ele tem feito kits de saúde para  empoderar  os líderes dos povos tribais. Ele já fez o kit médico, dentário com broca a energia solar e oftalmológico com 250 óculos e todos cabem em uma mochila. Também fez um pequeno avião dirigido por GPS que pode levar medicamentos de emergência, com soro antiofídico que ao chegar no local deixa cair o invólucro.  Como um inventor para beneficiar os povos tribais desenvolveu o primeiro carro que voa. 

Em um Congresso no Paraná Chang, ele e eu fomos compartilhar sobre assuntos diferentes. Sabedor de que foi a Horizontes a pioneira a introduzir o primeiro artigo sobre a Janela 10-40 em português e todas as revistas do Movimento AD2000 e Além. A Janela 10-40 é a região do mundo que está a 10 e 40 graus acima da linha do Equador e onde se encontra 95% das pessoas menos evangelizadas do mundo. Nesta oportunidade fui convidado para me unir ao desafio para divulgar a visão. Como esta visão faz parte de nosso ministério, pois estamos envolvidos nessa região, aceitamos. 

Para tal tarefa Steve doou os direitos a Horizontes do seu livro “GREAT OMISSION” e o curso “MISSIONS DILEMA”. O curso tem o livro, vídeo e o guia de empoderamento dos povos tribais com o objetivo de conscientizar a igreja brasileira sobre a JANELA VERDE. Nosso primeiro desafio é produzir o livro GREAT OMISSION.  O livro está sendo traduzido e agora estamos buscando igrejas e amigos que invistam na produção com o objetivo de popularizar o assunto na Igreja Brasileira. Nosso alvo é de levantar R$ 29.000,00 para imprimir a primeira tiragem. Para alcançar o objetivo estamos convidando 40 igrejas que invistam R$ 500,00 e doaremos 50 livros quando impressos. Para complementar estamos buscando 180 parceiros que invistam R$ 100.00 e enviaremos cinco livros para compartilhar com amigos. 

Nosso alvo com a JANELA VERDE é conscientizar a igreja brasileira para aceitar o desafio de orar, recrutar obreiros, treiná-los e enviar a estes Povos Menos Alcançados da Terra. 

Baixe também o livrete em português THE GREEN WINDOW - A JANELA VERDE, de Joshua Chang, e que apresenta mais informações sobre este conceito e sua iniciativa. Para baixar CLIQUE AQUI.

sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

Orlando Boyer: A visão duma missionária, nas trevas densas da Índia


A visão duma missionária, nas trevas densas da Índia

Os tambores soavam a noite inteira, e a escuridão me envolvia, como se fosse um ser vivente. Não podia dormir, mas deitada, com os olhos abertos, parecia que via o seguinte:
Eu estava de pé sobre a grama, à beira dum abismo. Olhei, mas não podia ver o fundo; havia somente nuvens horríveis e profundezas insondáveis. Afastei-me, atônita.
Então percebi vultos de pessoas andando, uns após outros, pelo gramado. Estavam marchando para a beira do abismo. Vi uma mulher com uma criança nos braços e outra a seu lado, segurando-se-lhe no vestido. Ela estava bem na margem! Vi, então, que era cega. Levantou o pé para dar um passo mais, e caiu, e a criança foi com ela. Oh que grito!
Vi também uma multidão de gente procedente de todos os lados. Todos eram cegos; todos andavam em direção à margem do precipício. Quase todos gritavam quando se sentiam caindo, e levantavam as mãos, como se quisessem segurar-se em alguma coisa para não cair, enquanto outros passavam e caíam, calados.
Então senti grande agonia: Por que não havia alguém para preveni-los do perigo? Eu não podia fazê-lo. Estava paralisada no lugar e não podia clamar. Apesar de fazer os maiores esforços, só podia cochichar.
Depois vi que ao longo da margem, estavam postas algumas sentinelas. Porém o espaço entre elas era grande demais, e nestes lugares caíam multidões de pessoas cegas, sem serem prevenidas. A verde grama parecia-me encarnada, como o sangue; e o abismo parecia a boca aberta do inferno.
Então vi, como se fosse um quadro de paz, um grupo de gente debaixo de algumas arvores, com as costas viradas para o abismo: estavam fazendo enfeites de flores. Às vezes, quando um grito agudo rompia o silencio, eles se turbavam e se queixavam do barulho. E, se alguém se levantava para ir acudir-lhes, lhe seguravam, dizendo: “Por que estás perturbado? Não tens acabado a tua grinalda. É feio ires e deixar-nos trabalhando”.
Havia um outro grupo: era de pessoas que se esforçavam em mandar mais sentinelas, mas poucas queriam ir; em alguns lugares havia espaços de alguns quilômetros, sem sentinelas na margem do abismo.
Vi uma moça parada, sozinha, num lugar, evitando que alguém caísse, mas sua mãe e outros parentes chamaram-na, dizendo que era tempo para as suas férias e que não devia deixar o costume de gozar. A moça, sentindo-se cansada e obrigada a fazer uma mudança, retirou-se por um tempo. Mas ninguém foi enviado para guardar o lugar que ela deixara, e as pessoas caíam constantemente, como uma cachoeira de almas.
Num certo ponto, uma criança, ao cair, agarrou-se numa moita de capim, que estava na margem do abismo. Ficou pendurada, chamando, pedindo socorro, mas ninguém prestava atenção. Por fim arrancou-se o capim pelas raízes, e a criança caiu, dando um grito, tendo as mãozinhas ainda agarradas ao capim.
A moça que desejava estar de novo no seu lugar, pensava ter ouvido o grito da criança. Mas quando falou em voltar, foi reprovada pelos parentes, que diziam não haver necessidade, que o lugar seria guardado por outro. Então cantaram um hino.
Enquanto cantavam o hino, ouvia-se outro som, como se fosse a dor de milhões de corações exprimida numa só gota, num só soluço. Sobreveio-me um horror de grandes trevas, porque entendi que era o grito de sangue.
Então trovejou a voz, a voz do Senhor, que disse: “Que fizeste? A voz do sangue do teu irmão está clamando a mim deste a terra”.
Os tambores continuavam a tocar pesadamente, e a escuridão ainda tremia ao redor de mim! Ouvia os gritos dos que dançavam a dança dos demônios e o triste clamor dos endemoninhados, fora de nosso portão.
Que importa? Há muitos anos que isso acontece. Continuará acontecendo por muitos anos ainda. Por que falar de uma coisa que tem de ser?

Ó Deus nos perdoe! Deus nos acorde! Que Deus nos faça sentir a nossa dureza!

Do livro Esforça-te para Ganhar Almas (CPAD).

sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

Carta aos Missionários


Carta aos Missionários

Sammis Reachers

Você a esperança
Em pés de barro
Você ave de barro
Você asa de barro
Você construto de barro
Como nós, e de quem
Esperamos tanto
Perdoa-nos

Heroicizamos sua vida e cegos achamos
Que o carbono de sua carne
É na verdade aço
Mas você chora e sangra como cada um de nós
Só que com mais frequência
E estamos longe, longe demais e
Alheios demais
Para chorar contigo
Perdoa-nos

A cada carta que arrebenta-se
Contra nossa indiferença, e-mails
Não abertos, o abraço que lhe negamos;
Nossa avareza, deusa lar de quem não nos livramos,
Que nos impede de irmos, segurarmos a corda, intercedermos,
Sequer lembrarmo-nos de que um dia um de nós foi enviado:
Perdoa-nos; ore por nós, ó irmão de mais lágrimas,
Deite-as por nós, os miseráveis do Reino, braço mirrado
De Cristo: pois sequer sabemos de quantas curas carecemos.
E corações ardentes, que de milagres temos fome, de milagres
Tem fome o mundo que nos espera e morre
Enquanto em paz nos deitamos e levantamos, em o nome do Senhor.

Que o Senhor nos perdoe através do teu perdão, meu irmão.

Do livro Antologia de Poesia Missionária - Volume 3. CLIQUE AQUI para baixar.

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